Entenda o Significado das Giras na Umbanda

As giras são cerimônias centrais na Umbanda, desempenhando um papel fundamental na conexão entre os devotos e o mundo espiritual. Essas práticas ritualísticas, repletas de cânticos, danças e incorporação de entidades, são momentos sagrados onde os participantes podem se aproximar dos Orixás, caboclos, pretos velhos e outras entidades espirituais que compõem o panteão umbandista. Mais do que simples encontros religiosos, as giras são vistas como oportunidades de cura, orientação e fortalecimento da fé.

Este artigo tem como propósito explorar em profundidade o significado das giras na Umbanda, explicando como elas são conduzidas, os diferentes tipos existentes, e o papel crucial que desempenham na vida espiritual dos praticantes. Através das giras, os médiuns servem como pontes entre o mundo material e o espiritual, facilitando a comunicação com as entidades e canalizando energias positivas para todos os presentes.

Ao longo deste texto, abordaremos os principais tipos de giras, a preparação necessária para esses rituais, e a função dos médiuns durante as cerimônias. Vamos entender como a energia gerada nas giras impacta a vida dos devotos e a importância dessas práticas para a continuidade e fortalecimento da fé umbandista.

O Que São as Giras na Umbanda?

Definição de Gira: Explicação sobre o Conceito de Gira na Umbanda, Destacando seu Papel como Cerimônia Ritualística

Na Umbanda, uma gira é uma cerimônia ritualística em que médiuns e devotos se reúnem em um terreiro para entrar em contato com o mundo espiritual. Durante a gira, os Orixás e entidades espirituais como caboclos, pretos velhos, Exus e Pombagiras são invocados, e muitas vezes se manifestam por meio da incorporação dos médiuns. As giras são caracterizadas por cânticos (pontos cantados), danças e o uso de instrumentos como atabaques, que ajudam a elevar a vibração espiritual do ambiente e facilitam a comunicação com os planos espirituais. Esses rituais são centrais para a prática religiosa na Umbanda, servindo como momentos de profunda conexão espiritual e troca de energias.

Origem e História: Breve Histórico sobre a Origem das Giras na Umbanda e como Elas Evoluíram ao Longo do Tempo

As giras têm suas raízes nas tradições africanas trazidas pelos povos escravizados ao Brasil, onde práticas religiosas como o candomblé se misturaram com o catolicismo, o espiritismo kardecista e as tradições indígenas, dando origem à Umbanda. No início do século XX, a Umbanda se consolidou como uma religião própria, e as giras passaram a ser formalizadas como um dos principais rituais.

Historicamente, as giras foram desenvolvidas como uma forma de invocar as forças espirituais para proteção, orientação e cura. Com o tempo, essas cerimônias foram ganhando estrutura e significado, adaptando-se às necessidades dos devotos e da comunidade. Hoje, as giras representam não apenas um encontro espiritual, mas também uma forma de manter vivas as tradições e a cultura umbandista, transmitindo sabedoria e fortalecendo a fé.

Finalidade das Giras: Descrição dos Objetivos das Giras, como Cura, Proteção, Aconselhamento e Limpeza Espiritual

As giras na Umbanda têm várias finalidades, todas voltadas para o bem-estar espiritual, emocional e físico dos participantes. Cada gira pode ter um objetivo específico, dependendo das necessidades da comunidade ou dos indivíduos presentes:

  • Cura: Muitas giras são realizadas com o propósito de curar doenças físicas, emocionais ou espirituais. Durante essas cerimônias, as entidades espirituais, como os pretos velhos e caboclos, trabalham para remover energias negativas, equilibrar o campo energético dos devotos e promover a cura.
  • Proteção: A gira é também um momento para buscar proteção espiritual. Ogum, Exu e outras entidades são invocados para afastar influências negativas, abrir caminhos e proteger os devotos contra perigos visíveis e invisíveis.
  • Aconselhamento: Durante a gira, as entidades incorporadas pelos médiuns oferecem conselhos e orientações aos devotos, ajudando-os a resolver problemas pessoais, tomar decisões importantes e encontrar o caminho certo em suas vidas.
  • Limpeza Espiritual: Uma das funções essenciais das giras é realizar a limpeza espiritual, tanto dos participantes quanto do ambiente. Através dos cânticos, danças e rituais, as energias negativas são dissipadas, e o espaço é preparado para a entrada de energias positivas e harmoniosas.

As giras, portanto, desempenham um papel multifacetado na Umbanda, sendo momentos de renovação, orientação e fortalecimento espiritual para todos os que participam.

Tipos de Giras

Gira de Orixás: Focada na Invocação e Celebração dos Orixás

A Gira de Orixás é um dos rituais centrais na Umbanda, dedicada à invocação e celebração das divindades que governam as forças da natureza e aspectos específicos da vida. Durante essas giras, os Orixás como Ogum, Iemanjá, Xangô, Oxum e outros são invocados através de cânticos, danças e oferendas específicas. Cada Orixá tem sua própria saudação, ritmo de atabaques e simbologia que são cuidadosamente seguidos durante o ritual. Os médiuns incorporam os Orixás, transmitindo suas energias, orientações e bênçãos aos devotos. Essa gira é marcada por uma atmosfera de devoção, força e respeito, onde os devotos buscam proteção, orientação e conexão espiritual profunda com os Orixás.

Gira de Caboclos: Enfatiza a Incorporação de Caboclos

A Gira de Caboclos é dedicada às entidades espirituais conhecidas como caboclos, que representam a força e a sabedoria dos povos indígenas. Os caboclos são vistos como grandes guerreiros, curadores e conselheiros, que trazem consigo o conhecimento das ervas, da natureza e das tradições ancestrais. Durante essa gira, os médiuns incorporam os caboclos, que realizam trabalhos de cura, aconselhamento e proteção. A gira é caracterizada por cânticos e danças que evocam a energia da floresta e dos elementos naturais, criando um ambiente de força, cura e renovação. Os devotos buscam nessa gira orientação e equilíbrio, além de tratamentos espirituais que envolvem o uso de ervas e outros elementos naturais.

Gira de Pretos Velhos: Destinada à Invocação de Pretos Velhos

A Gira de Pretos Velhos é um ritual especialmente voltado para a invocação das entidades conhecidas como pretos velhos, que são espíritos ancestrais de grande sabedoria e humildade. Representando os antigos escravizados africanos, os pretos velhos são venerados por sua paciência, amor e capacidade de oferecer consolo espiritual. Durante essa gira, os médiuns incorporam os pretos velhos, que recebem os devotos para conversar, dar conselhos e realizar passes de cura. O ambiente da gira é sereno e respeitoso, com cânticos suaves e danças lentas, refletindo a tranquilidade e a sabedoria dessas entidades. Os devotos procuram os pretos velhos para encontrar paz interior, resolver conflitos pessoais e receber orientações para suas vidas.

Gira de Exu e Pombagira: Giras Destinadas à Limpeza Espiritual e à Abertura de Caminhos

A Gira de Exu e Pombagira é um ritual poderoso focado na limpeza espiritual, na proteção e na abertura de caminhos. Exu e Pombagira são entidades ligadas à comunicação, ao movimento e à transmutação de energias. Durante essa gira, os médiuns incorporam Exus e Pombagiras, que trabalham para remover energias negativas, abrir caminhos e proteger os devotos contra forças malignas. O ritual é marcado por cânticos vibrantes, danças enérgicas e oferendas específicas, como bebidas e velas, que reforçam a conexão com essas entidades. A gira tem uma energia intensa e transformadora, onde os devotos buscam libertação de amarras espirituais, resolução de problemas e fortalecimento de sua proteção espiritual.

Gira de Crianças: Celebração das Entidades Conhecidas como Erês

A Gira de Crianças é uma celebração alegre e leve, dedicada às entidades conhecidas como Erês, que representam a pureza, a alegria e a inocência infantil. Os Erês são espíritos que trazem leveza, esperança e alegria para os terreiros, sendo especialmente queridos pelos devotos. Durante essa gira, os médiuns incorporam os Erês, que interagem com os devotos de forma brincalhona, trazendo mensagens simples e cheias de amor. A gira é caracterizada por cânticos animados, danças espontâneas e a distribuição de doces e brinquedos como oferendas. Os devotos participam dessa gira para renovar sua alegria de viver, buscar soluções para problemas com leveza e reconectar-se com a simplicidade e a pureza espiritual que os Erês representam.


Cada tipo de gira na Umbanda tem um propósito e uma energia específicos, atendendo às diferentes necessidades espirituais dos devotos e reforçando a conexão com as entidades e Orixás que guiam e protegem a vida dos praticantes.

A Preparação para uma Gira

Purificação e Preparação Espiritual: Como os Médiuns e Participantes se Preparam Espiritualmente para uma Gira

A preparação espiritual para uma gira na Umbanda é um processo essencial que ajuda os médiuns e participantes a estarem em sintonia com as energias espirituais que serão invocadas. Um dos métodos mais comuns de purificação é o banho de ervas, onde os participantes utilizam ervas sagradas, como arruda, alecrim e guiné, para limpar a aura e afastar energias negativas. Esses banhos são preparados com intenções específicas, conforme o objetivo da gira, e são realizados antes da cerimônia.

Além dos banhos de ervas, orações e meditações são práticas fundamentais para alinhar a mente e o espírito. Os médiuns costumam recitar orações aos Orixás e guias espirituais, pedindo proteção, clareza e força para conduzir a gira de forma harmoniosa. Alguns terreiros também realizam defumações com ervas e resinas, purificando o ambiente e preparando o espaço espiritual para a chegada das entidades.

Essa preparação espiritual é crucial para garantir que os médiuns estejam em um estado receptivo e equilibrado, prontos para receber as energias dos Orixás e das entidades, e para assegurar que a gira transcorra de maneira harmoniosa e eficaz.

Montagem do Terreiro: Descrição do Espaço Físico Onde a Gira Acontece

O terreiro é o espaço sagrado onde as giras ocorrem, e sua montagem é feita com grande cuidado para garantir que o ambiente esteja adequado para a manifestação espiritual. O altar (conhecido como congá) é o centro espiritual do terreiro, onde são colocadas imagens dos Orixás, velas, oferendas e outros elementos sagrados. Este altar é montado de acordo com as tradições e o foco da gira, e serve como ponto de conexão com o mundo espiritual.

Os atabaques são instrumentos fundamentais na gira, utilizados para marcar os ritmos dos cânticos e danças. Eles são dispostos próximos ao altar e tocados por curimbeiros, que são responsáveis por manter o ritmo e a energia da gira. O som dos atabaques é visto como uma forma de comunicação com os Orixás e entidades, ajudando a elevar a vibração do ambiente.

A disposição dos médiuns no terreiro também é importante. Geralmente, os médiuns ficam em torno do congá, formando um círculo ou semicírculo, criando uma corrente energética que facilita a incorporação das entidades. O espaço deve ser organizado de forma a permitir que as energias fluam livremente, sem obstáculos, garantindo que todos os presentes possam participar ativamente da gira.

Roupas e Paramentos: A Importância das Vestimentas Brancas e de Outros Elementos Simbólicos Usados Durante a Gira

As vestimentas utilizadas durante a gira têm um profundo significado espiritual e são escolhidas com base em tradições e simbologias específicas. As roupas brancas são as mais comuns, representando pureza, paz e neutralidade espiritual. O branco é uma cor que simboliza a luz e a conexão com o divino, e sua utilização pelos médiuns e participantes ajuda a criar uma atmosfera de harmonia e proteção.

Além das roupas brancas, paramentos como guias (colares de contas), adereços de cabeça e faixas podem ser usados, dependendo do Orixá ou entidade que será invocado. Cada guia ou adereço tem uma cor e um significado específico, relacionado ao Orixá ou à entidade com a qual o médium trabalha. Esses paramentos servem como ferramentas de conexão, ajudando o médium a sintonizar-se com a energia do espírito que será incorporado.

A preparação das vestimentas e paramentos é feita com muito respeito e intenção, reconhecendo que esses elementos não são apenas decorativos, mas sim parte essencial do ritual. Eles ajudam a proteger o médium e os participantes, além de garantir que a gira seja conduzida de maneira sagrada e respeitosa.


A preparação para uma gira na Umbanda é um processo que envolve tanto a purificação e preparação espiritual quanto a montagem cuidadosa do ambiente e o uso de vestimentas simbólicas. Cada detalhe é importante para criar um espaço sagrado onde a conexão entre o mundo material e espiritual possa ocorrer de forma plena e harmoniosa.

O Papel dos Médiuns na Gira

Incorporação: Explicação sobre o Processo de Incorporação, Onde os Médiuns Servem de Veículos para os Orixás e Entidades

Na Umbanda, a incorporação é o processo em que um médium serve como veículo para a manifestação dos Orixás, caboclos, pretos velhos, e outras entidades espirituais. Durante a incorporação, a entidade espiritual se aproxima do médium, utilizando seu corpo para interagir com os devotos presentes na gira. Esse processo é central para a prática religiosa na Umbanda, pois permite que os Orixás e entidades ofereçam cura, orientação, e proteção diretamente aos fiéis.

A incorporação é facilitada por cânticos e toques de atabaque que elevam a vibração espiritual do terreiro, criando uma atmosfera propícia para a chegada das entidades. O médium entra em um estado alterado de consciência, onde se sintoniza com a energia do Orixá ou entidade, permitindo que ela se manifeste através dele. Esse estado não é uma perda de consciência, mas sim uma entrega consciente e controlada, onde o médium mantém um certo nível de consciência, mas cede o controle do corpo à entidade espiritual.

Durante a incorporação, as características e o comportamento do médium podem mudar significativamente, refletindo a personalidade e a energia da entidade que está incorporada. Por exemplo, a postura, o tom de voz, e os gestos podem se alterar para corresponder ao Orixá ou entidade presente. A incorporação é uma experiência profundamente espiritual, tanto para o médium quanto para os devotos que interagem com a entidade manifestada.

Funções Dentro da Gira: Diferentes Papéis Desempenhados pelos Médiuns

Dentro de uma gira, os médiuns podem desempenhar várias funções, cada uma essencial para o bom andamento do ritual e para a criação de um ambiente seguro e sagrado.

  1. Médiuns de Incorporação: Estes são os médiuns que incorporam os Orixás e entidades durante a gira. Eles são os principais canais através dos quais as forças espirituais se manifestam no terreiro. Esses médiuns são responsáveis por transmitir as mensagens, realizar curas e aconselhamentos, e conduzir os rituais sob a orientação das entidades incorporadas.
  2. Cambonos: Os cambonos são médiuns que auxiliam os médiuns de incorporação durante a gira. Eles ajudam a cuidar das entidades incorporadas, fornecendo os itens necessários, como guias, bebidas ou velas, e assegurando que o médium esteja protegido e confortável durante a incorporação. Além disso, os cambonos auxiliam na organização do terreiro, mantendo o ambiente ordenado e preparado para a chegada das entidades.
  3. Curimbeiros: Os curimbeiros são responsáveis por tocar os atabaques e outros instrumentos musicais que marcam o ritmo da gira. O toque dos atabaques é crucial para o andamento da cerimônia, pois os ritmos específicos ajudam a chamar e manter a presença das entidades. Os curimbeiros devem estar em sintonia com a energia do terreiro e dos médiuns para assegurar que a música fortaleça e eleve as vibrações espirituais.

Essas funções são interdependentes, e cada uma é vital para a harmonia e eficácia da gira. O trabalho conjunto dos médiuns de incorporação, cambonos e curimbeiros cria um ambiente propício para a manifestação das entidades espirituais e para a realização dos objetivos da gira.

Ética e Conduta: Regras de Conduta e Ética que os Médiuns Devem Seguir Durante a Gira

A ética e a conduta dos médiuns são fundamentais para manter o respeito e a harmonia dentro de uma gira. Os médiuns devem seguir regras estritas de comportamento que asseguram que o ritual seja conduzido com seriedade, respeito e reverência.

  1. Respeito às Entidades e Orixás: Os médiuns devem sempre tratar as entidades e Orixás com o máximo respeito, reconhecendo sua importância espiritual. Isso inclui seguir as orientações dadas pelas entidades, não usar o nome dos Orixás em vão, e manter uma postura de humildade e serviço.
  2. Discrição e Sigilo: Tudo o que ocorre durante a gira, especialmente as questões pessoais tratadas pelas entidades, deve ser mantido em sigilo. Os médiuns devem proteger a privacidade dos devotos e garantir que as informações compartilhadas durante o ritual não sejam divulgadas fora do terreiro.
  3. Conduta Pessoal: Os médiuns devem manter uma conduta pessoal que esteja em alinhamento com os princípios éticos da Umbanda. Isso inclui evitar o uso de substâncias que possam comprometer o estado de consciência, manter uma vida equilibrada e respeitar os outros participantes do terreiro.
  4. Humildade e Serviço: A função do médium é servir de ponte entre o mundo espiritual e o material, e isso deve ser feito com humildade. Os médiuns não devem se considerar superiores aos outros por causa de sua habilidade de incorporar entidades. Eles devem estar sempre dispostos a ajudar e a aprender, colocando o serviço espiritual acima de interesses pessoais.

Essas regras de conduta e ética são essenciais para garantir que a gira seja um momento de verdadeira conexão espiritual, onde o respeito, a harmonia e a dedicação ao sagrado estejam sempre presentes.

A Energia das Giras e Sua Importância Espiritual

Criação e Circulação de Energia: Como a Energia Gerada Durante a Gira Afeta o Ambiente e os Participantes

As giras na Umbanda são poderosas cerimônias que geram e circulam uma energia espiritual intensa, que impacta tanto o ambiente quanto os participantes. Durante a gira, o cântico dos pontos, o toque dos atabaques, e a presença das entidades espirituais criam uma atmosfera carregada de energia positiva. Essa energia é percebida como uma força vital que purifica, cura e eleva a vibração de todos os presentes.

À medida que a gira progride, a energia gerada começa a circular pelo terreiro, envolvendo os médiuns, os devotos e até mesmo o espaço físico onde o ritual acontece. Essa circulação de energia é essencial para a eficácia da gira, pois ela limpa o ambiente de energias negativas, equilibra o campo energético dos participantes e facilita a comunicação com o plano espiritual. Os devotos que participam das giras muitas vezes relatam sentir uma sensação de leveza, paz e renovação após o ritual, o que é resultado direto dessa circulação de energia espiritual.

Conexão com o Divino: O Papel das Giras na Conexão entre os Devotos e o Mundo Espiritual

As giras desempenham um papel crucial na conexão entre os devotos e o mundo espiritual. Durante essas cerimônias, os médiuns servem como canais para os Orixás e entidades, permitindo que a comunicação entre o plano material e o espiritual ocorra de forma direta e profunda. Essa conexão é o coração da prática umbandista, pois é através dela que os devotos podem receber orientações, bênçãos e curas dos seres divinos.

Através das giras, os devotos têm a oportunidade de sentir a presença dos Orixás e entidades, de se comunicar com eles e de receber suas influências positivas em suas vidas. Esse contato direto com o divino fortalece a fé e a espiritualidade dos praticantes, criando um elo sagrado que transcende as preocupações mundanas e aproxima o devoto do plano espiritual.

Além disso, as giras são momentos de grande reverência e devoção, onde os devotos expressam sua gratidão e pedidos aos Orixás e entidades. Esse diálogo espiritual é facilitado pela energia gerada durante a gira, que eleva a consciência dos participantes e os coloca em sintonia com as vibrações mais elevadas do universo.

Impacto Espiritual: Discussão sobre Como as Giras Promovem a Cura, a Limpeza Espiritual e o Fortalecimento da Fé

O impacto espiritual das giras na vida dos devotos é profundo e multifacetado. Uma das principais funções das giras é promover a cura em vários níveis — físico, emocional e espiritual. A presença das entidades e Orixás durante a gira traz consigo uma energia de cura que pode atuar diretamente nas necessidades dos participantes. Muitos devotos relatam experiências de alívio de dores, superação de traumas e renovação espiritual após participar de uma gira.

Além da cura, as giras são momentos poderosos de limpeza espiritual. A energia gerada e circulada durante o ritual ajuda a dissipar influências negativas e a restaurar o equilíbrio energético dos participantes. Essa limpeza espiritual é fundamental para a manutenção da saúde espiritual dos devotos, garantindo que eles estejam protegidos e fortalecidos em sua jornada espiritual.

Por fim, as giras desempenham um papel essencial no fortalecimento da fé dos praticantes. Ao vivenciar diretamente a presença e a ação dos Orixás e entidades, os devotos têm sua fé renovada e solidificada. Essa experiência espiritual direta é uma das características mais valiosas da Umbanda, pois ela transforma a fé em algo vivo e palpável, que sustenta os devotos em sua caminhada espiritual e em seus desafios diários.

Em resumo, as giras na Umbanda não são apenas rituais, mas sim momentos de profunda transformação espiritual. Elas criam e circulam uma energia que purifica e cura, facilitam uma conexão direta com o divino e fortalecem a fé e a espiritualidade dos devotos.

Conclusão

As giras na Umbanda são muito mais do que simples cerimônias; elas são momentos sagrados de conexão profunda com o mundo espiritual. Através das giras, os devotos têm a oportunidade de se aproximar dos Orixás e entidades, receber orientações, curas e proteção, e renovar sua fé e espiritualidade. Essas cerimônias são fundamentais para a prática religiosa umbandista, servindo como pilares que sustentam a fé dos devotos e garantem a manutenção de sua saúde espiritual.

As giras criam um ambiente propício para a manifestação das energias divinas, promovendo a limpeza espiritual e o equilíbrio energético dos participantes. Elas são espaços de cura e transformação, onde cada um pode vivenciar diretamente o poder dos Orixás e entidades, e fortalecer sua conexão com o divino.

Convido você a refletir sobre sua própria experiência com as giras e o impacto que elas têm em sua jornada espiritual. Cada gira é uma oportunidade única de crescimento e renovação, um momento para se abrir ao sagrado e permitir que as energias positivas dos Orixás e entidades transformem sua vida.

Por fim, incentivo você a participar ativamente das giras, compreendendo seu profundo significado e integrando-as de forma consciente em sua prática espiritual. As giras oferecem uma conexão direta com o divino, um espaço para cura e fortalecimento da fé, e a chance de viver plenamente a espiritualidade umbandista. Que sua jornada seja iluminada e protegida pela força dos Orixás. Axé!

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